Uddewala foi projetada para ser a fábrica do futuro onde pessoas e sistema produtivo convergiam para o desenvolvimento continuo da organização inteligente, o caráter experimental com que a produção sociotécnica foi implantada na Volvo comprometeu sua produtividade, mais baixa em relação a média com os outros concorrentes mundiais. O mundo da manufatura industrial com um todo é altamente competitivo e em especifico da manufatura automobilística ainda mais, nesse contexto as empresas da Europa nas décadas de 70 com a crise do petróleo e queda na demanda por automóveis, assim como a criação de fortes sindicatos e operários politizados se viram cercadas por problemas potencias de competitividade e mão-de-obra, elevado pedido de demissão, constrangimentos públicos, absenteísmo e greves radicais fizeram os produtores europeus a repensarem suas relações produtivas e reorganizarem suas relações trabalhistas com vistas à manutenção de pessoal capacitado e de alta produção nas plantas de fabricação automotiva. Nessa perspectiva a Volvo Company, lança sua inovadora planta de Kalmar com características médias de inovação sociotécnica, ou seja, o projeto e trabalho na unidade fabril adaptado às necessidades humanas e não o trabalhador adaptando-se ao status quo fabril. Contudo a evolução extrema do projeto de engenharia e projeto dos métodos produtivos veio com a planta de Uddewalla citada em muitos artigos como a fábrica do futuro, uma evolução da inovação média de Kalmar, Uddewalla foi a evolução máxima que qualquer modelo de produção já conseguiu atingir e operar em termos organizacionais. Uddewalla fechada em 1992 encerra seu formato produtivo sociotécnico volvista por motivos de orientação estratégica e pressão de acionistas, o grupo acabou concentrando-se mais adiante na produção de caminhões somente, mas a experiência sóciotécnica é destacada como inovadora, positiva, eficiente dando margem a um novo sistema de produção: O sistema Volvo de Produção.
1. Introdução