Volta do ipi
Produção de carros e móveis teve queda significativa em fevereiro.
Atividade fabril no país recuou 2,5% em comparação a janeiro.
Lilian Quaino
Do G1, no Rio
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Com um recuo de 2,5% em fevereiro, que anulou os bons resultados de janeiro, um crescimento de 2,6%, a produção industrial do país foi afetada pelo mau desempenho dos bens de consumo, principalmente os duráveis, que registraram queda de 6,8% na mesma comparação, o pior resultado desde setembro de 2011, quando recuou 8,2%.
A volta do Imposto sobre Produtos Industrializados sobre os carros é um dos componentes que impactaram negativamente o segmento, explicou André Macedo, gerente da Coordenação da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ), que divulgou nesta terça-feira (2) os números da indústria em fevereiro.
"Os bens de consumo duráveis sofreram pressões negativas com a produção em queda dos automóveis devido a paralisações nas fábricas por férias coletivas ou para a modernização do parque industrial, que podem ser reflexos do IPI voltando a um patamar maior", explicou o gerente.
A produção dos carros caiu 9,1% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi a mais intensa desde janeiro de 2012, quando marcou -29,3%. No fim de 2012, carros populares estavam isentos de IPI, que em janeiro passou a ser de 2%, percentual que deverá permanecer até o fim do ano, segundo decisão recente do ministro da Fazenda, Guido Mantega. saiba mais
IPI menor para carros será prorrogado até o fim do ano
Segundo André, a produção de móveis e eletrodomésticos também foi prejudicada pela volta do IPI. A indústria moveleira teve recuo de 9,9% em fevereiro, ante janeiro. Os celulares também pesaram no índice negativo dos bens de consumo duráveis mantendo uma tendência de queda na produção que vem sendo registrada há meses.
Os bens de consumo semi e não duráveis também mostraram queda de dinamismo, com recuo de 2,1% em