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A empresa está gastando US$ 750 milhões na modernização da sua maior fábrica instalada no Brasil. ‘Os tempos colonialistas terminaram e não há por que ter instalações de tamanhos superlativos’, disse Demel.
A primeira providência de Demel, escalado há três anos para uma tarefa que parecia impossível — modernizar a fábrica de São Bernardo do Campo — foi acabar com um símbolo: os semáforos espalhados pelas ruas que separam as mais de 20 alas do complexo industrial. A medida chocou. Muitos empregados, habituados a caminhar pela fábrica respeitando o sinal verde, ficaram com medo de serem atropelados.
O espaço que a Volkswagen já abriu com demolições em São Bernardo do Campo daria para construir uma nova fábrica. Somente a ala 19 abriu um buraco de 5 mil metros quadrados. Mas a reforma vai longe. Deve levar ainda cerca de três anos. Segundo Demel, a empresa ainda não parou para fazer as contas da economia que já conseguiu. Nem mesmo da que pretende alcançar.
Mas tem um problema pela frente: encontrar compradores para os terrenos vazios. Os altos impostos municipais, além de taxas de água e energia, entre outros, desestimulam outras empresas a se instalar ou expandir no ABC. A Volkswagen até gostaria de ter fornecedores ao seu lado, em São Bernardo do Campo — como faz na unidade de São José dos Pinhais (PR). Mas os fabricantes de autopeças estão com medo de seus empregados reivindicarem os mesmos salários da Volkswagen.
Mas isso parece não estar preocupando Demel. ‘É melhor ter espaço sobrando do que instalações