voce rh
André Freire - Isso aconteceu porque a barreira de entrada para esse tipo de serviço é muito pequena, o que contribui para o perfil empreendedor do brasileiro. Muitos acreditam que é fácil entrar nesse segmento e só percebem que não é bem assim depois que tudo vira uma briga de preço. Por isso, não acredito que haja espaço para todas, mas o próprio mercado dá conta de regular essa situação.
O curioso é que, ao mesmo tempo que há um excesso de consultorias, muitas empresas estão abrindo mão do trabalho externo de recrutamento. Isso forçou a mudança do papel do headhunter?
André Freire - Sim. Hoje, o headhunter não pode ser apenas um colocador de pessoas. Se for assim, ele vai competir com a rede social. É preciso entregar mais, entender a estratégia toda do negócio e seus desafios. A abordagem deve ser mais consultiva.
As redes sociais são uma ameaça para o negócio de hunting?
André Freire - Não acho. Esse sistema pode conviver com o tradicional, e é saudável. A demografia está diminuindo e a guerra por talentos aumentando e, nesse contexto, as redes sociais são um grande auxílio, e não uma ameaça.
O ano de 2013 tem sido bom para o negócio da Odgers?
André Freire - Começou a melhorar bastante em abril e maio. Este ano, assim como o ano passado, está bastante desafiador.
Quais setores estão mais aquecidos na busca de executivos?
André Freire - Em alta, temos os segmentos de educação, farmacêutico e ciências da vida.
E em baixa?
André Freire - Serviços financeiros, mineração, petróleo e gás.
A Odgers tem posições de RH em aberto?
André Freire - Sim. O problema é encontrar o perfil demandado. Algumas empresas estão solicitando pessoas que não tenham histórico em RH e com um conhecimento mais holístico de todo o processo.