Vitimas Algozes

O livro Vitimas Algozes de Joaquim Manuel de Macedo foi escrito na segunda metade do século XIX, período que antecede a abolição da escravidão, e tem como tema a questão do escravo brasileiro. Diferente de outras obras com mesma temática, o livro “Vitimas Algozes” aparenta mostrar a questão do negro verdadeiramente. As três narrativas: “Simeão, o Crioulo”, “Pai-Raiol, o feiticeiro” e “Lucinda, a mucama”, possuem protagonistas que assumem posição de vitimas quanto de algozes, entenda essa dualidade em cada personagem principal:
A primeira história é a de “Simeão, o Crioulo”: Simeão perde a mãe muito cedo, e acaba sendo criado pelos senhores de engenho. Até certa época ele teve regalias que o faziam parecer filho dos senhores, deixando a ideia de ser escravo de lado. Depois de certa idade lhe é negada certas regalias, porém continuou sendo tratado como filho, não conhecendo a real função de um escravo, o trabalho. Quando completara 20 anos ele criou a expectativa de ser alforriado o que não aconteceu e como consequência Simeão foi consumido por um ódio àquela família que antes o acolhera e alimentou tramando com um comparsa o assassinato dos mesmos. Ou seja, de um pobre garoto órfão acolhido por seus patrões à um ladrão, atrevido, dissimulado e assassino de seus pais adotivos.
A segunda é de “Pai-raiol, o feiticeiro”: Esméria, uma bonita e jovem mulata, e Pai-raiol, um negro desfigurado são comprados por Paulo Borges, um rico fazendeiro. Esméria acaba tendo um caso com Borges que deixa escancarado a situação, e ela compete diretamente com a sinhazinha Teresa. Aos poucos ela envenena toda a família de Paulo, inclusive ele mesmo, porém somente os filhos e a esposa morrem. Além disso, a negra dissimulada convence Tio Alberto de que o culpado de tudo que estava acontecendo foi o Pai-raiol, os dois brigam e o feiticeiro morre. Tio Alberto é alforriado. E Esméria presa, pois Lourença a denúncia para Borges. Devido ao sua impensada ação de trocar a esposa por uma