Vitaminas e Minerais
1 Aspectos Gerais
A linhaça (Linun usitatissimum L.) é uma das sementes oleaginosas tradicionais com mais história, por causa da utilização de suas fibras em produtos têxteis, mas, também a partir da sua semente se pode obter um óleo com propriedades secantes devido ao alto teor de ácido α-linolênico e as tortas obtidas podem ser utilizadas para balanceamento de ração animal (GÓMEZ, 2003).
A produção mundial se encontra entre 2.300.000 e 2.500.000 toneladas anuais, sendo o Canadá o principal produtor. Na América do Sul, o maior produtor é a Argentina, com cerca de 80 ton/ano. O Brasil apresenta uma baixa produção, cerca de 21 ton/ano (GÓMEZ, 2003).
Atualmente a linhaça é usada em produtos forneados e como componente de misturas de cereais matinais. Estão em desenvolvimento processos que incluem o óleo de linhaça em rações, de forma que os produtos para consumo humano como a carne, ovos, leite, possam estar enriquecidos com ácidos graxos ω-3 (GÓMEZ,
2003).
O mercado de produtos naturais oferece já o óleo de linhaça prensado a frio, encapsulado. Além disso, existe o uso medicinal da semente de linhaça em distúrbios gástricos, indigestão, úlceras duodenais e atua também como laxante suave. Na área de cosméticos, o óleo de linhaça é empregado em tratamentos dermatológicos (eczema, acne, pele seca), além de ser usado na formulação de sabonetes líquidos (GÓMEZ, 2003).
O interesse no consumo de linhaça está relacionado ao seu alto conteúdo de ácido α-linolênico (LNA, 18:3 ω-3, 50-55% de ácidos graxos totais), fibra da dieta, lignanos e compostos fenólicos, os quais são provavelmente benéficos na redução dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e câncer (GÓMEZ, 2003).
1.2 Tipos de Linhaça
De origem asiática, a semente de linhaça pertence à família Linácea. Existem dois tipos: a linhaça dourada e a marrom. Não há diferença na composição nutricional entre os dois tipos, ou seja, possuem os mesmos nutrientes,