Vips
A sociedade tem mergulhado cada vez com mais profundidade em aparências que parecem ser legítimas ,onde, os indivíduos, não se questionam acerca do que é confiável ou não,ou, unem-se a quem desconhecem acreditando que aquela pessoa bem vestida,com traços de uma boa eloqüência e sobretudo, com um poder aquisitivo bem superior, detenha a verdade e a justiça.
Assim como vimos no documentário Vips, Marcelo se caracteriza por ser um total mentiroso, que não se contém apenas com sua identidade, o que faz com que ele assuma a de outras pessoas, e desta forma, ele vai mudando de nome, de sotaque, de visual, de personalidade, nos mais distintos meios,sem ser questionado a respeito do que afirma, faz, ou se diz ser. Podemos dizer que a verdade às vezes é pautada por um grupo de pessoas ou por alguém de forma equivocada, seja ela intencional ou não. Devemos afirmar que algo é verdadeiro ou não, após realizarmos certas indagações, tal qual alerta Marilena Chauí:
O consenso se estabelece baseado em três princípios que serão respeitados por todos:
1. que somos seres racionais e nosso pensamento obedece aos quatro princípios da razão (identidade, não-contradição, terceiro-excluído e razão suficiente ou causalidade);
2. que somos seres dotados de linguagem e que ela funciona segundo regras lógicas convencionadas e aceitas por uma comunidade;
3. que os resultados de uma investigação devem ser submetidos à discussão e avaliação pelos membros da comunidade de investigadores que lhe atribuirão ou não o valor de verdade.
Tendo analisado o curso da história, levanta-se uma questão do papel que a justiça tem neste contexto, onde um homem que se faz de instrumento ilusório e enganador, consegue realizar muitos de seus planos falseando a sua identidade para a sua própria satisfação, sucedendo, um questionamento acerca de tais atitudes.É justo alguém usar a imagem de outro para alcançar prestígio no meio da sociedade ? Em referência a esta interrogação, a