VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO E SEUS ASPECTOS SOCIAIS
VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO E SEUS ASPECTOS SOCIAIS
Fernanda Cardoso Esteves
Maceió, AL 2013
INTRODUÇÃO
Os acidentes de trânsito e as variáveis que os circundam, tais como comportamento humano, tecnologia, engenharia de tráfego, entre outras, têm sido foco de preocupação social. A deficiência do sistema de transporte público e o aumento populacional, por exemplo, têm estimulado o uso do carro. Embora o Código Nacional de Trânsito, em vigor desde 1998, constitua um marco no controle dos acidentes, assim, deve-se alertar para a reversão da tendência decrescente dos acidentes de trânsito observada no período imediatamente após sua implantação. Dados do (DENATRAN, 2005) mostram que, dentre todas as regiões brasileiras, Norte e Sudeste apresentaram as maiores taxas de crescimento para os acidentes de trânsito com vítimas. Uma das razões deste crescimento seria o aumento das atividades econômicas – ocorrido nos últimos anos, criando um mercado consumidor em potencial e a ausência de um sistema de transporte público eficiente contribuindo para a aquisição de meio de transporte motorizado individual. Isso mostra que a tendência para acidentes pode ser prognosticada a partir das infrações referidas pelo próprio motorista. A velocidade auto-referida também pode ser utilizada como bom indicador de envolvimento em acidentes. Dentre as causas externas de morbi-mortalidade, os acidentes de trânsito têm especial relevância tanto pelo elevado custo econômico, quanto pelo sofrimento e pela perda de qualidade de vida que, muitas vezes, acarretam às vítimas, aos familiares e à sociedade como um