Diversidade em nossa sociedade
INTRODUÇÃO
Numa sociedade marcada historicamente pela submissão, exclusão e mais recentemente, pela inserção de forma rebaixada dos afro-descendentes é imprescindível que a escola e os educadores assumam uma postura de mudança e não de permanência da estrutura excludente construída ao longo dos 507 anos sob domínio da cultura européia em detrimento das demais que aqui se conglomeraram e se inter-relacionaram.
Refletir sobre a afirmação de enquanto o negro não pode contar sua história é sobre a égide do branco que se reproduz, não se remete apenas àquela lecionada na escola. Para além dela, também engloba a transmitida culturalmente. Não que pretendo ser maniqueísta nessa sentença, entretanto existem muitos ingredientes para desacreditar na hipótese que a omissão e o desprezo à tradição negra sejam apenas pequenos equívocos, lapsos de memórias.
O racismo impregna a trama social que, além de acarretar as distâncias sociais entre negros e brancos, tem provocado à percepção de que esse fosso é natural, portanto, a-histórico. Nos pequenos atos cotidianos, reproduzimos frases, práticas sociais, emissão de sentenças, de modo quase indiferente, que na verdade são clivados por valores morais construídos socialmente, portanto aprendidos.
DESENVOLVIMENTO Educação e diversidade tratam as relações étnico-raciais, na perspectiva da inclusão, discriminação e educação voltada para o desenvolvimento humano, suas interações, bem como suas diferentes formas de se relacionar com demais sujeitos. Parte do pressuposto de que a formação inicial do professor não se prepara para lidar com a diversidade; mesmo que traga algumas disciplinas especificas para o trabalho com pessoas com necessidades especiais, em geral os cursos focam seus esforços no aluno pedagogicamente perfeito, o que acaba por gerar as situações de exclusão. Não haverá educação inclusiva se não houver escola inclusiva, currículo inclusivo, docentes inclusivos e toda uma