violencia e Homossexualidade
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Este trabalho busca examinar a questão da violência ao homossexual, inserindo nessa discussão referenciais sócio-antropológicos, mediados pela teoria das representações sociais. São abordados os conceitos de relação e de alteridade, visto que a idéia de relação e de reciprocidade só existe a partir do reconhecimento do outro, onde a impossibilidade de trocas e de processos de reciprocidade, podem produzir impasses sócio-culturais e irrupções de violência no interior dos grupos/sociedades ou entre eles. Consideramos que a vida social produz-se na heterogeneidade, onde a negociação da realidade resulta do sistema de interações sociais, a partir das diferenças e pela presença constante do potencial de conflito, visto que intolerância à homossexualidade, a hemofobia, tem-se apresentado das formas mais diversas, como: chacotas, agressões simbólicas e físicas, omissão da lei e etc; configurando um quadro de violência que chega a barbárie. A maneira como os brasileiros lidam com o homossexualismo, possivelmente é reflexo de suas tensões e problemas (inclusive de natureza sexual) não resolvidos. O homossexual representa no imaginário coletivo o grupo mau. Os aparelhos ideológicos do estado, a escola, a família, a igreja e os meios de comunicação têm feito seu papel no sentido de alimentar esse imaginário e fomentar a violência brutal aos homossexuais de tal forma, que coloca-os na posição de não gente. Pudemos verificar que A violência produzida contra os homossexuais em nossa sociedade não se relaciona apenas à desigualdade, à diferença, mas ao fato de esta ser acompanhada de um esvaziamento de conteúdos culturais, destacando-se os éticos, no sistema de relações sociais. Com o objetivo de melhor alcançar a problemática de modo ilustrativo realizamos uma análise da violência brutal ao homossexual, protagonizada na canção de Chico Buarque de Holanda “Geni e o Zeppelin” do álbum a “Ópera do malandro”, baseado na “Ópera dos Três Vinténs” de Brecht. A Música narra uma