violencia sexual
A teoria do poder, para com as relações de violência sexual, salienta-se na ideia de que o poder violento permite a quem o detém, no caso homens, suas próprias regras. Sendo este ato violento um desencadear de relações que envolvem a cultura, o imaginário, as normas, o processo civilizatório de um povo.
Tendo como marco estruturante da contemporaneidade o modelo patriarcal de sociedade, que estabelece nas relações pessoais e afetivas um princípio de propriedade, dominação e controle sobre a mulher vêem reproduzir graves implicações de desigualdade, agressões físicas, sexuais e psicológicas que são silenciadas e neutralizadas. Fato este, revelado nos registros de atendimento da Central de Atendimento à Mulher, onde contabilizaram no primeiro semestre de 2012 um total de 47555 (quarenta e sete mil quinhentos e cinquenta e cinco) casos de violência para com a mulher. Sendo destes 915 (novecentos e quinze) registrados como violência sexual.
Para além, salientar a disparidade marcada pelo gênero torna-se importantíssimo no desenvolvimento da delimitação histórica da violência sexual com frutos e influências diretas na atualidade. Com isso, temos como expressão máxima da violência contra a mulher o óbito. Os feminicídios ou femicídios, morte de mulheres decorrentes de conflitos de gênero, geralmente perpetrados por homens, principalmente parceiros ou ex-parceiros decorrentes de abuso domiciliar, ameaças ou intimidações, violência sexual ou até mesmo situações em que a mulher tem menos poder e/ou recursos do que o homem marcando significativamente a segregação por gênero e submissão da mulher. “No Brasil, no período de 2001 a