Violencia mulher
Os Assistentes Sociais reconheciam que apesar da dependência de seus clientes os mesmos deveriam ser reconhecidos como seres humanos, portadores de direitos inalienáveis dados por Deus para viver a sua própria vida.
Com a institucionalização do Serviço Social, a partir dos anos de 1940/1950, a questão social, expressão das desigualdades decorrentes do aprofundamento do capitalismo, passa por grandes mudanças. É nesse contexto que a profissão ganha legitimidade vinculada à expansão das grandes instituições assistenciais. Com isso, amplia se o mercado de trabalho para a profissão e “o Serviço Social deixa de ser um instrumento de distribuição da caridade privada das classes dominantes” (IAMAMOTO, 1994, p.31), passando a executar a política social do Estado e dos setores empresariais. Nessa direção, é alterada a “clientela” do Serviço Social e consolidada a profissionalização do assistente social, porém, são mantidas as características básicas de sua prática conservadora.
a busca de ruptura com o conservadorismo surge apenas no final dos anos 1950 e início da década de 1960. É, nesse período, que começam as manifestações no meio profissional e os primeiros questionamentos ao projeto profissional conservador tradicional do Serviço Social, com as primeiras influências do Movimento de Reconceituação, vindas de outros países da América Latina, desencadeando um início de mudanças significativas na profissão numa conjuntura de aprofundamento do debate políticona sociedade. No entanto, essas manifestações e questionamentos são apenas marginais, visto que não puderam ser caracterizados ainda como ruptura com a herança conservadora, uma vez que “situam-se nos marcos do humanismo e do desenvolvimentismo, não atingindo as bases da organização da sociedade” (op. cit., p. 36).
Nessa direção, entendemos que as demandas dirigidas ao Serviço Social são heterogêneas