Violencia contra a mulher
UMA RETROSPECTIVA HISTÓRICA E JURÍDICA COM ANÁLISES RELEVANTES
1. INTRODUÇÃO
Desde os tempos antigos, o homem trás suas idéias machistas de dominar e inferiorizar as mulheres, onde a mulher só servia a seu marido e sua família, sem o poder de opinar nas questões políticas e, também, a igreja influenciava na idéia de que as mulheres são inferiores, e nem eram consideradas cidadãs. O homem continua contrário a constante luta pela valorização e conquista do seu espaço, pois considera como uma ameaça a seu instinto machista de dominação da mulher.
A história da humanidade é repleta de transformações sociais, políticas e.jurídicas. Muitas das tradições culturais permanecem como elementos caracterizadores de gerações, mesmo não sendo inertes e tendo sofrido mudanças, sobretudo nas relações sociais. Desde as mais remotas civilizações o gênero homem procurou dominar pessoas, animais e coisas, buscando sempre estabelecer a soberania sobre os demais. Sendo a mulher um dos principais símbolos da cultura de submissão ao homem.
Nas antigas civilizações gregas e romanas, estruturadas no sistema patriarca lista, homens e mulheres conviviam em posições bastante definidas quanto ao papel que desempenhavam nas instituições família e sociedade. O homem antigo era considerado o senhor ou chefe da casa, que assim comandava a mulher, os filhos, servos e escravos. A mulher, submissa aos poderes do marido possuía pouco direito, reduzido ainda mais quando se posicionava diante das questões políticas na cidade. Não lhe era concedido o direito de votar, por não ser tida como cidadã. Com o estabelecimento do cristianismo no ocidente, a esperança de mudanças estruturais nas relações familiares surgiu na noção de igualdade. Princípio de que todos sem exceção são filhos de Deus. Porém, a expectativa resumiu-se a uma tímida faísca já que a própria igreja influenciava na idéia de inferioridade da mulher. A Bíblia Sagrada, em