Pensamento de àries
Na história de um período tão longo, a infância foi desconhecida,a criança não era tratada como sujeito de direitos, ela não tinha infância.
A infância era tratada como um período de transição, logo ultrapassado e cuja lembrança também era logo perdida.
"Um adulto em miniatura" assim eram retratadas as crianças na era medieval sem nenhuma das características da infância, apenas o seu tamanho se distinguia dos adultos, ela era tão insignificamente, tão mal vista que se sua morte era considerada como algo inevitável ou como uma perda eventual.
Ariès em seus estudos afirmou que na Idade Média não havia sentimento de infância, pois assim que atingiam a idade de 5 a 7 anos e já estavam menos dependentes de suas mães, as crianças eram jogadas no mundo dos adultos, trabalhando e exercendo sua sexualidade, eram vistos apenas como adultos em menor escala, sem qualquer reconhecimento de que precisavam de um tratamento diferenciado.
Tanto fazia ser criança ou adulto, pois suas vidas eram iguais, viviam no mesmo ambiente, frequentavam os mesmos lugares e vestiam os mesmos tipos de roupas, enfim embora pequenas viviam como os adultos, porque nessa época não haviadivisão de idades que existe hoje.
O historiador Áries complementa:
(...) o sentimento da infância não existia - o que não quer dizer que as crianças fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas. O sentimento da infância não significa o mesmo que afeição pelas crianças: corresponde à consciência da particularidade infantil, essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto, mesmo jovem. Essa consciência não existia. Ser criança era um período breve da vida, pois logo se misturavam aos mais velhos. Elas participavam de todos os assuntos da sociedade, adquiriam o conhecimento pela convivência social
Somente à partir do século XVI é que começa a ter um primeiro sentimento pela infância, onde a família olha para a criança com