vila lobos
Principais Músicos
-Heitor Villa-Lobos
-Guiomar Novais
-Frutuoso Viana
- Ernâni Braga
A música na Semana de Arte Moderna: fluidez entre o erudito e o popular
A grande contribuição “moderna” para nossa música veio de outro universo não incorporado pelos escritores e artistas plásticos modernistas de São Paulo. Veio da música popular urbana, que tornou-se até hoje um legado para os músicos de todas as gerações
O principal legado musical deixado pela geração que participou da Semana foi a abertura do pensamento cultural brasileiro para as novas informações estéticas que circulavam no mundo e, ao mesmo tempo, a articulação dessas novas informações com uma musicalidade ligada aos valores do território nacional, ditas populares, seja no âmbito rural, seja no âmbito urbano”, analisa Frederico Oliveira Coelho, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. E completa: “Uma música em que a fronteira entre o erudito e o popular foi sendo cada vez mais fluida até chegarmos a uma música popular brasileira com nomes como Tom Jobim ou Egberto Gismonti, cuja obra pode ser localizada tanto no âmbito do consumo cultural de massas como no universo da música de orquestra”.
Que mudanças a Semana de Arte Moderna de 1922 trouxe para a música brasileira?
Direta e efetivamente, a Semana não trouxe nenhuma mudança substancial a partir da sua realização. Basta pensarmos, por exemplo, que não tiveram novas músicas compostas por Villa-Lobos para as apresentações no Municipal de São Paulo. O que ocorreu com a música brasileira nos anos após a Semana foi, em paralelo às outras artes, uma renovação de certas ideias relativas à incorporação de elementos ligados à cultura folclórica, o diálogo da música erudita de matriz europeia com a música popular feita nos centros urbanos, como o Choro e