Vigilância sanitária em serviços hemoterápicos
Em 2001 a Anvisa, no desempenho da sua missão de promover a saúde da população, protegendo-a dos riscos associados ao uso de produtos, tecnologias e serviços de saúde, propôs a construção, estruturação e qualificação do Sistema Nacional de Hemovigilância (SNH) no Brasil.
O SNH é um sistema de avaliação e alerta, inserido no processo de vigilância sanitária pós-uso de produtos sob vigilância sanitária – VIGIPOS, e organizado com o objetivo de recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir seu aparecimento ou recorrência.
Trata-se de uma avaliação pós-utilização do sangue e seus componentes, na perspectiva de incorporar informações para a elaboração mais consistente de uma análise dos resultados e promover as medidas cabíveis para o aperfeiçoamento do processo hemoterápico.
A implantação do SNH iniciou-se, no âmbito da rede de hospitais sentinela, com a proposta de alcançar, progressivamente, todos os serviços de hemoterapia e serviços de saúde que realizam transfusão no País.
- Ações da Anvisa para a Hemovigilância: Diversas ações já foram realizadas no sentido de concretizar o SNH como:
inserção das notificações de eventos adversos relacionados ao uso de sangue e hemocomponentes; Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, a definição de processos de trabalho; algoritmos para notificação e investigação de reações transfusionais; participação em eventos voltados para a construção do SNH; capacitação, em cursos e oficinas com técnicos de saúde da vigilância sanitária de estados e municípios e da vigilância epidemiológica, especialmente dos programas de hepatites, de HIV/Aids e profissionais de saúde de serviços de hemoterapia e de hospitais da Rede Sentinela; publicações de manuais técnicos – Manual Técnico de Hemovigilância, Manual Técnico para Investigação da Transmissão de