Vigiar e Punir - Corpos Dóceis
Introdução: O capítulo Corpos Dóceis do livro “Vigiar e Punir” descreve sobre as maneiras e os instrumentos utilizados para controlar e disciplinar o corpo, pois o homem é o principal alvo e objeto do poder, que tem como meta, a tarefa de incorporar nos corpos características de docilidade, ou seja, um corpo dócil que pode ser submetido, que pode ser utilizado, que pode ser manipulado, modelado, treinado, que obedece, responde e se torna poderosa ferramenta de controle, de poder. Objetivo: Compreender como o poder que infiltra nos mecanismos da vida até um ponto que esse poder se torna invisível, produzindo corpos dóceis pelo poder disciplinar. Revisão da literatura: Eis como ainda no início do século XVII se descrevia a figura ideal do soldado. O soldado é antes de tudo alguém que se reconhece de longe, que leva os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas também de seu orgulho, seu corpo é o brasão de sua força e de sua valentia. Segunda metade do século XVIII: o soldado tornou-se algo que se fabrica, de uma massa informe, de um corpo inapto, foi “expulso o camponês” e lhe foi dada a “fisionomia de soldado”. Ser-lhes-á igualmente ensinado, a marchar com passo firme, com o joelho e a perna esticados. A ARTE DAS DISTRIBUIÇÕES, a disciplina procede em primeiro lugar à distribuição dos indivíduos no espaço. Para isso, utiliza diversas técnicas. A disciplina às vezes exige a cerca, a especificação de um local heterogêneo a todos os outros e fechado em si mesmo. Local protegido da monotonia disciplinar. Colégios: o modelo do convento se impõe pouco a pouco, o internato aparece como o regime de educação senão o mais freqüente, pelo menos o mais perfeito. Quartéis: é preciso fixar o exército, essa massa vagabunda, impedir a pilhagem e as violências. O CONTROLE DA ATIVIDADE, o horário é uma velha herança. Seus três grandes processos são estabelecer as cesuras, obrigar a ocupações determinada e regulamentar os ciclos de repetição.