Os Corpos Dóceis em Vigiar E Punir
1. Cerca: especificação de um local heterogêneo a todos os outros e fechado em si mesmo. Ex.: colégios, quartéis.
2. Quadriculamento: cada indivíduo no seu lugar, e em cada lugar, um indivíduo. Importa estabelecer as presenças e as ausências, saber onde e como encontrar os indivíduos, instaurar as comunicações úteis, interromper as outras.
3. Localizações funcionais: lugares determinados se definem para satisfazer não só à necessidade de vigiar, de romper comunicações perigosas, mas também criar espaços úteis. Ex.: industrias.
4. Fila: cada indivíduo se define pelo lugar que ocupa na série. A ordenação de fileiras, no século XVII, começa a definir a grande forma de repartição dos indivíduos na ordem escolar: filas de alunos na sala; alinhamento das classes de idade umas depois das outras; sucessão de assuntos ensinados, das questões tratadas segundo uma ordem de dificuldade crescente.
Controle da atividade
1. Horário;
2. Elaboração temporal do ato: é um ritmo coletivo e obrigatório, imposto do exterior, é um “programa”.
3. Donde o corpo e o gesto postos em correlação: impõe uma melhor relação entre um gesto e a atitude global do corpo, que é sua condição de eficácia e rapidez.
4. Articulação corpo-objeto: define a relação que o corpo deve manter com o corpo manipulado.
5. Utilização exaustiva: extrair-se o máximo de rendimento num período menor.
Organização das gêneses
1º. Dividir a duração em segmentos;
2º. Organizar a sequência dos segmentos conforme a complexidade;
3º. Termo final de cada segmento marcado por uma prova;
4º. Estabelecer séries de séries: prescrever a cada um, de acordo com seu nível, os exercícios que lhe convêm.
A colocação em série das atividades sucessivas permite todo um investimento da duração pelo poder: possibilidade de um controle detalhado e de uma intervenção pontual a cada momento de tempo.
Composição das forças
Primeiramente utilizava-se a técnica de massas.