Vigiar e punir
Desde então tem-se apenas variado as técnicas de submissão e controle. O que édescrito e detalhado nas prisões, hospícios, quartéis, escolas toma forma social maisampla de uma sofisticada e sutil tecnologia de submissão.Foucault mostra como a idéia de obediência, evolui até as tecnologiasimaginárias das sociedades modernas. Na domesticidade escrava a obediência seinscrevia (inscreve-se) no controle sobre a operação do corpo (suas ações em função dosresultados produtivos). Na vassalidade, a obtenção do controle se faz pela produção, é oresultado do trabalho dos corpos onde se instala o controle. A obediência monástica(religiosa) realiza-se através das renuncias. Mas é na modernidade que se constrói umamaquinaria de poder através do controle dos corpos, isto é, o corpo para fazer não o quese quer mas para operar como se quer. É a tecnologia da disciplina fabricando os corpossubmissos. Esta anatomia política desenha-se aos poucos até alcançar um método geralque esta
“em funcionamento nos colégios, muito cedo; mais tarde nas escolas primárias; investiram lentamente o espaço hospitalar; e em algumas dezenas de anos,reestruturaram a organização militar”. Apesar dessa visão devastadora de controle, o próprio filósofo é o primeiro aafirmar que esse controle não é