Vidas Secas
Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em
1938. O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retrantes do sertão brasileiro, sendo a sua vida sub-humana condicionada diante de problemas sociais como a seca, a pobreza, e a fome, e, consecutvamente, no caleidoscópio de sentmentos e emoções que essa sua condição lhe obriga a viver, ao procurar meios de sobrevivência, criando, assim, uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje. Por conta da consciência social que existe no conteúdo do livro, moldada através de uma estrutura dramátca, o enredo tem sido analisado pelos crítcos por meio da relação do homem com os meios naturais e sociais. De acordo com alguns especialistas, em Vidas Secas, Graciliano contornou alguns estlos literários de sua época, o que lhe proporcionou pontos positvos no livro. Graciliano, por exemplo, foi cauteloso nas tradicionais inferências do narrador opiniátco e evitou o protesto ou o panfletarismo (que poderia usar, como outros autores da época, para critcar os aspectos sociais de seu país), o que certos crítcos caracterizam como um
"estlo seco, reduzido ao mínimo de palavras".
Vidas Secas fgura entre os livros mais importantes da literatura brasileira, tendo ganhado, em 1962, o prêmio da Fundação William Faulkner (EUA) como livro representativo da Literatura Brasileira
Contemporânea. Também conquistou um enorme público, tendo vendido até então mais de um milhão e meio de exemplares, enquanto é leitura obrigatória em vestbulares da USP, da PUC, da UFBA e da UEPA. O cineasta Nelson Pereira dos
Santos realizou uma bem-sucedida versão homônima de Vidas Secas em 1963, reforçando aspectos atuais do país
ESTRUTURA
No que diz respeito à estrutura, o livro apresenta treze capítulos, dentre os quais alguns podem até ser lidos em outra ordem (romance desmontável), diferente da impressa no livro. Entretanto, alguns capítulos, como o