Vidas secas
Graciliano Ramos
Graciliano Ramos de Oliveira (1892 -1953) Foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por seu livro “Vidas Secas - romance, - Editora José Olympio, 1938”. Já publicou 22 livros, entre eles,
“Vidas Secas - edição especial 70 anos - romance - Editora Record, 2008”; (obra Posterior à Original). Ele foi o maior representante do neo-realismo nordestino, um dos maiores movimentos da 2º fase do modernista. Em Vidas Secas ele destaca todos os temas envolvidos na história, a seca , a fome , a miséria , etc . Fazendo da obra uma das maiores criticas regionais da época. O livro sugere um ciclo que nunca tem fim. O destino da família citada na história, é “controlada” pela seca nordestina, eles nunca ficam em um lugar fixo. Sempre estão fugindo, por conta da seca e das dívidas que iam fazendo ao longo do tempo que ficavam nas terras de diferentes senhores, sendo assim obrigados a fugir novamente. No livro, o autor usa uma forma de escrever que rompe com a lógica de tempo, nos da uma autonomia que permite, até mesmo, ler cada um dos capítulos de forma separada. A obra de Graciliano Ramos, retrata uma família de sertanejos pobres, obrigados a se mudar constantemente, para lugares menos castigados pela seca. O modo como o autor retrata a desumanização que a seca causa aos personagens, a miséria causada pela seca e a miséria imposta pela influência social, percebida na exploração dos donos de terra da região, procura expor a realidade vivida pela época de uma forma mais realista, características muito claras na obra. Por mais antigo que o livro seja, o tema abordado o torna atual, trazendo à tona um problema muito comum nos sertões nordestinos. Graciliano consegue nos aproximar do sofrimento real de muitas pessoas que sofrem com as secas, fome e explorações de mão-de-obra trabalhista.
E.E. Dr. Luiz Lobo Neto
Resenha Crítica:
Vidas Secas-