eram. Além disso, a mídia tem passado uma imagem bastante enganosa sobre a cultura, as condições sociais e políticas de certos países e também lugares, principalmente aqueles considerados menos desenvolvidos, como é o caso da África. Em uma das falas aponta que África, por ser um país considerado ``pobre´´, com grande população formada por negros, e de baixas condições sociais, bem como o problema da Aids e a da fome que assola parte da população, ainda tem a impressão de que tudo vai bem, menos na África. O que pelo contrário não deixa de ser um pensamento errôneo, pois é sabido que a China, por exemplo, um dos países mais populosos e desenvolvidos em termos tecnológicos e de uma educação rígida, mesmo assim, ainda sofre com altos índices de poluição e baixos salários. Também não é preciso citar outros países e lugares para dizer que a imagem que temos aos olhos da mídia e dos grupos sociais dominantes nem sempre é verdadeira e que tem sido bastante generalizada. No Brasil, embora não aponte no documentário, podemos fazer uma relação mais recente como, por exemplo, a concepção do carioca e do baiano sobre os olhos dos estrangeiros e da sociedade de elite. A ideia de que se tem do Brasil hoje, é a de que todo carioca gosta de samba e churrasco, de que todo baiano gosta de axé, bem como diversos estereótipos que a sociedade e a mídia têm propagado. Enfim, seria chato dizer os milhares de exemplos como esses em relação aos efeitos negativos causados pela globalização. Dessa forma, o interior do discurso do consumismo global, as diferenças e as distinções culturais, que até então definiam a identidade, ficaram reduzidas a uma espécie de língua franca internacional ou de moeda global, em termos dos quais todas as tradições específicas e todas as diferentes identidades podem ser traduzidas. Este fenômeno é conhecido como `´homogeneização cultural´´. (Hall, 2003). Por outro lado, os novos instrumentos tecnológicos propiciaram às camadas mais baixas a