vida e obra de Raul pompeia
Logo foi internado no Colégio Abílio, que era conhecido como uma das melhores escolas da Corte por possuir a mais avançada pedagogia do Império. Esse colégio recebia alunos de todo o país, que eram instruídos de acordo com os princípios da classe dominante: Monarquismo, Catolicismo, escravismo, dentre outros. Foi ali que Raul Pompéia começou realmente sua vida, em meio a rígidas normas de conduta e hipocrisia. Essa vivência o marcou profundamente e inspirou sua obra mais importante, “O Ateneu”.
Começou a escrever muito cedo, editando um jornalzinho que circulava no colégio. Através dele, ele criticava tanto professores como alunos. Na ocasião, ele estava empenhado em traduzir trechos do tratado de Charles Darwin, “A origem das espécies”.
Nessa época, Raul Pompéia já se revelava como um crítico impiedoso, e avesso à obediência cega. Por conta disso, foi transferido para o Imperial Colégio de D. Pedro II, um colégio só para a elite imperial. Em meio a alunos inteligentes e bem preparados, o jovem escritor pôde aprimorar sua vocação para o jornalismo, a vida pública e a arte, interessando-se da mesma maneira pela oratória, desenho, escultura, música e literatura. No ano seguinte, 1880, publica seu primeiro romance: “Uma tragédia no Amazonas”.
No ano seguinte muda-se para São Paulo, onde vai cursar Direito na Faculdade do Largo de São Francisco, passando a participar na campanha abolicionista e defendendo a causa republicana. Publica em forma de folhetim o romance “As Jóias da Coroa”, obra explicitamente antimonarquista. Nesse mesmo ano publica também suas primeiras poesias do livro “Canções sem metro”. Juntamente com 90 colegas da faculdade, transfere-se para a cidade