Ateneu

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ- UNOCHAPECÓ
ÁREA DAS CIÊNCIAS HUMANAS E JURÍDICAS
CURSO DE LETRAS
COMPONENTE CURRÍCULAR: TEORIA DA LITERATURA III
ACADÊMICA: JÚNIA LAÍSE SCHEUNEMANN ENGEL
DATA: 28-04-2014

O Ateneu: traços de relações homoafetivas Júnia Laíse S. Engel1
A obra “O Ateneu” de Raul Pompéia, cujo subtítulo é Crônica de saudades, foi publicado inicialmente no jornal Gazeta da Notícia, sob forma de folhetim em 1888. Raul tinha apenas 25 anos na data da publicação.
Quanto a sua estética literária, o livro segue diversas classificações. Alguns críticos o consideram Naturalista, porém percebe-se que o autor não se prendeu apenas nesta estética. Há características do Realismo devido às críticas sociais relatadas, além disto, nota-se traços do Expressionismo devido as figuras exageradas que o próprio autor desenha.
Escrito em primeira pessoa, o narrador tem a personalidade e as memórias do autor, que também estudou num internato, o que explica, o subtítulo “Crônica de saudades”. Porém a obra não é uma simples autobiografia e nem uma obra de ficção e sim, uma mistura das duas.
O Ateneu, assume o lugar do colégio Abílio em que Pompéia estudou. Através da narração de Sérgio, o autor deixa evidente a crítica amarga pelo modo como o ambiente e as personagens se formam.
O internato é apresentado como um retrato da sociedade, onde o mundo exterior é refletido por meio de máscaras e falsas aparências que ratificam com a hipocrisia a exploração do homem, tendo como tema os privilégios e conflitos das castas dominantes.
Sérgio, o narrador-personagem, deixa sua casa e o conforto da mãe para estudar em um dos mais respeitados colégios da época. No internato, o menino que está em um processo de formação de sua identidade, começa a sentir algumas sensações que despertam sentimentos até então desconhecidos.
Introduzido desde cedo ao conceito de