Victor Turner e Clifford Geertz.
1. Discorra sobre a crítica à noção de estrutura em Victor Turner e Clifford Geertz.
Victor Turner:
Victor Turner e Cliford Geertz, fazem certas críticas e ressalvas à chamada Antropologia Estruturalista que se consolidou com Lévi-Strauss. Para que se possa compreender o diálogo feito entres os autores, faz-se necessário retomar brevemente alguns aspectos principias do estruturalismo. Lévi-Strauss expõe que o estruturalismo procura estabelecer o inventário das propriedades mentais, em sua linha de pensamento, na mitologia o espírito parece estra livre e se deixa levar pela espontaneidade criativa, segunda a interpretação do autor, no mito o espírito fala de si mesmo. Neste sentido, entender as leis que fundam os mitos permitem entender as leis do próprio espírito. Tendo apresentado brevemente uma seleção do estruturalismo de Lévi-Strauss, se pode adentrar nas discussões propostas por Turner e Geertz. Victor Turner discute em seu livro O processo Ritual, mais especificamente no capítulo Liminaridade e Communitas, uma forma específica de ritual, a saber, o rito de passagem. Segundo o autor, os rituais de passagem permitem um afastamento da estrutura social por parte do indivíduo e, posteriormente, um retorno, com novo status. A fase liminar é a fase intermediária entre o distanciamento e a reaproximação em que as características do indivíduo que está transitando são ambíguas, onde, por exemplo, há confusão entre o sagrado e o profano. Aqui há um dos principias pontos de discordância entre Turner e visão estruturalismo na qual existem espaços bem definidos entre sagrado e profano. Turner relata que a liminaridade é frequentemente comparada a morte, um estados que demonstra que, como seres liminares, os indivíduos não possuem status, qualquer que seja, e mostra que por várias vezes as roupas usuais são substituídas por simples panos, e por vezes, até a nudez. O autor atribui o fato acima relatado a um reconhecimento de um