Vicera em Geral
Víscera vem da palavra viscus (latim) que quer dizer molhado, pegajoso. Mas há um sinônimo para esta palavra, que é splancnos (grego). Daí surge o termo esplancnologia = estudo de órgãos internos.
Durante a embriologia, temos que o embrião, de placa, fecha-se em um tubo, composto inicialmente de endoderma, mesoderma e ectoderma. Este tubo recebe o nome de arquêntero (arqui = antigo; entero = intestino), originando o trato digestório primitivo. Com o crescimento fetal e consequente evolução animal, forma-se a cavidade celomática, onde os órgãos vão de acomodando. Para isso, surgem então folhetos de revestimento, denominados de serosas, que evitam o atrito de um órgão com o outro, impedem as aderências, mantém os órgãos umidificados, promovem separações de cavidades (mediastino) e mantém a estática visceral.
Mamíferos desenvolvem o diafragma, músculo que separa o celoma em cavidades torácica e abdominal.
De acordo com ROSS e ROMRELL (1993), a membrana serosa ou simplesmente serosa, reveste as cavidades peritoneal, pleural e pericardíaca. Estas cavidades são geralmente descritas como cavidades fechadas do corpo, embora na fêmea, a cavidade peritoneal se comunique com o exterior através das tubas uterinas. Estruturalmente, a serosa é constituída por um epitélio de revestimento, chamado mesotélio; por um tecido conjuntivo de sustentação; e por uma lâmina basal entre os dois. As membranas serosas não contem glandulas e o líquido presente em sua superfície é aquoso.
O líquido lubrificante peritoneal é liberado por vesículas do citoplasma das células mesoteliais pavimentosas. Isso não as caracteriza como glândulas. A reabsorção desse líquido é feito pelas mesmas células, independente de estarem no paquímero dorsal ou ventral.
Já o revestimento voltado para o exterior é a mucosa. É constituída por um epitélio de superfície, com ou