VERGER, J. Homens e Saber na Idade Média
EDÜSC
Edton
/icrança antiga. Mesmo as disciplinas mais recentes,
" "da cultura medieval, tal como o direito canôni-„ itica, permaneceram exclusivamente latinas.
' i f/Jas Escrituras e da cultura erudita, o latim foi tatiK j
"*/rla natural, a língua do ensino. Estudar era/antes de
S
udar"as letras"(litterae), quer dizer, © latim. Aquele idado era considerado Úttefatus, o que significava, icnte, que ele sábia latim. v , a verdade, trata-se de um tema complexo, onde; j claro. Seria possível ensinar unicamente em para crianças pequenas que ignoravam comple- • língua? Existiam, nos séculos XIV e XV, inúmeros . possuíam um melhor domínio da língua verriacw '
, (atim, mesmo np tocante à leitura e à escrita. $eri»: r .tír que tais indivíduostivessemoutrora aprendido a exclusivamente em latim? Como explicar, ao ,
, sua boa prática na língua materna escrita e sua seu esquecimento do latim? Mesmo que nada nos a existência de escolas puramente vernáculas, hão admitir que ao menos uma parte do ensino dada em língua vernácula. Mas nosso parco co-,'
'íesse ensino não nos permite afirmar mais nada. ji1" {japartida, é verdade que, para os níveis mais elevar ;i f -iftntinha o uso universal, em todo o Ocidente. Isso >
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(jualquer um que tivesse freqüentado a escola com ^ na Idade, Média, não apenas teria aprendido tal, mas deveria dele se servir também paia > matérias ensinadas na escola, porque o latim'^ a língua de todas as disciplinas eruditas, Ora, 1 eram essencialmente livrescas. Elas repousavam
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cia (ciências naturais, matemática, astronomia, cosmologia, etc.), de direito, de medicina, de história antiga, sem falar nos Padres da
Igreja, era tudo ainda em latim. Efetivamente, o legado assim transmitido era incompleto: toda a obra da cultura antiga hayia sido esquecida no Ocidente, em particular tudo aquilo que, da literatura grega, não houvesse sido traduzido para o latim. Mas para o que restara disponível, o