Joao De Salsbury
PARA A ARTE DE GOVERNAR – SÉCULO XII doi: 10.4025/XIIjeam2013.rubim.oliveira46
RUBIM, Sandra Regina Franchi1
OLIVEIRA, Terezinha2
Introdução
No mundo globalizado que caracteriza a atualidade verifica-se, em linha ascendente, a perda da consciência crítica dos indivíduos em relação ao contexto social, bem como de referenciais éticos e morais. O resultado é um embrutecimento dos homens, que os distancia cada vez mais uns dos outros. Nota-se a falta do engajamento das pessoas em projetos coletivos, por meio das quais a existência individual adquire novos sentidos.
Os teóricos clássicos3, como Aristóteles (384-322 a. C.), João de Salsbury (+_
1120-+_1180), Tomás de Aquino (1224/5-1274), se comprometeram com o seu tempo, tiveram discernimento para descobrir que a sociedade necessitava de conhecimento para o desenvolvimento das instituições e do homem. Com base no conhecimento, os homens podem tomar consciência de sua situação no mundo e modificá-la.
Nesses termos, assinalamos que as investigações na Educação e na História da
Educação que percorrem o caminho da História, geralmente, apontam para uma compreensão da totalidade dos acontecimentos, transformando, assim, o passado em objeto de investigação. Isso abre, pois, possibilidades para efetivação da função social da História da Educação, qual seja, a promoção de reflexões sobre as práticas do presente, seja cumprida. Destacamos, assim, a relevância de voltarmos nosso olhar para o passado, para as autoridades clássicas. Faz-se necessário, então, nos aproximarmos da compreensão de
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PPE/GTSEAM/UEM.
DFE/PPE/GTSEAM/UEM.
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Os clássicos, segundo Calvino (1993), se constituem como os grandes escritos de formação, que transcendem o aspecto de informação, que transmitem ensinamentos preciosos. Deles emanam conhecimentos para qualquer momento da existência humana. As ideias de diferentes autores, de épocas distintas, resistiram ao tempo na medida em que trataram da essência