Venda de orgãos
Quem vai entrar em uma fila de espera de um transplante de órgãos no Brasil, estará adentrando em uma fila única, onde podemos ver uma grande quantidade de pessoas que necessitam de um órgão para um número muito menor e alarmante de doadores.
“Em 2007, foram realizados, no Brasil, 15.855 transplantes. O número é o maior registrado desde 2001, segundo dados do Ministério da Saúde. Transplantes de córnea (11.417) foram os de maior incidência no ano passado, seguidos por transplantes de rim (3.040), córnea (971), coração (159), rim e pâncreas conjugados (116), pâncreas (78), pulmão (50) e fígado e rim conjugados (24). Enquanto isso, na fila, pessoas em número visivelmente mais elevado do que os órgãos disponíveis aguardam. Em 2007, foram 66.361 candidatos a receptores. A maior parte deles (34.133) aguardava por um transplante de rim. A procura por córneas vem em segundo lugar, com 24.584 candidatos, seguida por fígado (6.453), rim e pâncreas conjugados (557), coração (315), pâncreas (183) e pulmão (136).” G1, (2008)
Em 2011, o Brasil bateu o recorde de transplantes, onde as cirurgias atingiram o total de 23.937 transplantes. Em primeiro lugar e mais comum o rim (4.939), em segundo o fígado (1.496) e em terceiro o coração (159). Sbt Mesmo com esse avanço o numero de pessoas na fila de espera é muito grande, na condição de um dia serem atendidas seus quadros de saúde só tendem a piorar. Nessas condições muitas pessoas não resistem e acabam morrendo. Outras têm a oportunidade de “furar a fila”. Médicos corruptos ligados ao crime organizado que em troca de uma boa quantia de dinheiro, fazem uma nova fila para aqueles que têm condições de pagar, fazendo de um órgão uma simples mercadoria, leiloado um transplante podem chegar a 150 mil reais, e mesmo diante da necessidade ainda surge à pergunta: Alguém dá mais?
O desespero pela sobrevivência leva pessoas a perder sua dignidade e submeter-se ao crime, em busca da vida, mas até onde