Velha e nova lógica do sus
A respeito da velha e nova lógica do SUS, podemos comentar que, a reforma sanitária brasileira subestimou a gravidade da crise de legitimidade por que passam as políticas públicas e o funcionamento das organizações estatais no país. O século XX não nos indicou um modelo organizativo e métodos de gestão que ampliassem a eficácia e eficiências dos sistemas e organizações estatais. As experiências públicas em países capitalistas tampouco nos apontaram novas soluções; isto é, um funcionamento de instituições públicas que superasse o patrimonialismo, a burocratização, o corporativismo, enfim que limitasse a apropriação privada do bem público. O liberalismo conservador, ao longo dos últimos trinta anos, se fortaleceu criticando estes limites e esta debilidade em produzir justiça social a partir da produção de bens e serviços por organizações estatais. Sua receita era simplista: volta ao mercado. Entretanto, já se sabia que o mercado, desregulado e ordenado pela competição, produz barbárie, iniqüidade e exacerba os conflitos sociais.
Diante deste cenário, o modo como a assistência à saúde no Brasil estava organizada era decorrência de variados fatores, como: existência de um sistema de saúde que não atendia as necessidades e carências da população, no que diz respeito às políticas de saúde; / o acesso seletivo à assistência à saúde, deixando enorme contingente populacional sem atenção; / a mobilização governamental para reformular a assistência até então existente; / o movimento da reforma sanitária e o Sindical; / a ampliação do conceito de saúde; / a formulação de proposta de reorientação do sistema de saúde; / a criação de legislação que viabilizasse a implantação do SUS.
Todos esses fatores proporcionaram a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo legalmente a democratização da assistência à saúde. Durante a década de 70, vigorava o modelo médico assistencial, baseado em ações curativas, as