Vegetação como instrumento de controle da qualidade ambiental
A vegetação em suas diferentes formas (espécies isoladas, como cobertura vegetal ou como um conjunto – área verde) influencia decisivamente no controle da qualidade ambiental – quer seja no conforto térmico, no conforto acústico ou no conforto luminoso. A seguir utilizando a itemização de Izard e Guyot (1980) descreve-se os efeitos da vegetação.
VI.1 - Vegetação como Moderadora da Temperatura
a) Efeito de Oxigenação
Este efeito contribui, nas áreas urbanas, para minimização do “efeito estufa”; pois controla a emissão de gás carbônico na atmosfera. A produção de oxigênio de 1 km² de floresta ou 2 km² de campo é da ordem de 1000 toneladas.
b) Efeito de Umidificação
No meio urbano, 1 hectare de bosque pode produzir, por evapotranspiração, cerca de 5.000 toneladas de água por ano. O consumo de calor latente, por evaporação, deste vapor de água permite decréscimo de temperatura. Este efeito pode ser observado no meio urbano conforme mostra o seguinte croqui.
No próprio edifício - “a colocação correta de vegetação permite a absorção da radiação solar e o esfriamento do ar que penetra no edifício”.
c) Efeito de fixação de material particulado (poeira).
Izard e Guyot (1980) afirmam que a vegetação fixa muito mais material particulado que outros materiais (uma árvore fixa sessenta vezes mais poeira que o asfalto). Nos ES este fator é decisivo para a assepsia e controle da qualidade do ar nos espaços construídos. d) Efeito de controle da radiação:
d.1) de curto comprimento de onda - onde os efeitos de reflexos ou deslumbramentos na sombra e no sol se atenuam consideravelmente pela luz difusa presente na cobertura vegetal;
d.2) de longo comprimento de onda - a vegetação exerce, através da transmissão e absorção de radiação, influência sobre a temperatura local - microclima.
VI.2 - Vegetação como Controladora e Direcionadora da Ventilação Local
Mascaró (1985) apresenta