Variações Linguisticas
Subtítulo: Variação Linguística
Livro: Metodologia do ensino de língua português
(Maria Lúcia de Castro Gomes)
Considerando que a linguagem é a dicotomia da língua e da fala, é necessário que dispensemos devida atenção ao poder social que ela exerce, pois é a comunicação entre seus usuários, tornando o indivíduo em cidadão. Segundo Ferdinand Saussure, pai da linguística, a língua é uma instituição social que pertence a todos os falantes de uma determinada comunidade linguística. Já a fala é individual e imprevisível.
A língua, como instituição social, impõe-se ao indivíduo, como um elemento de coesão e organização social (Carvalho, 2003), enquanto a fala faz com que a língua varie, evolua e se modifique, caracterizando uma variação linguística.
Diante da dimensão territorial do Brasil, sendo dividido em 27 unidades federativas, é inegável a diversidade cultural, a influência de outros povos, falantes de outras línguas, gerando um grande número de variedades linguísticas. Essas variantes deixam a nossa língua com um repertório regionalizado, gerando por vezes, um certo constrangimento por parte de falantes letrados.
Segundo Bagno, não é a língua que está sendo avaliada, mas sim, a pessoa que faz uso dela. Acreditando que ninguém deve ser considerado inferior ou dotado de baixo nível de inteligência, porque não faz uso da forma culta da língua.
Sim, é bem verdade que, o indivíduo que não é letrado, aquele que possui não só a condição de quem sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive, conjugando-as com as práticas sociais de interação oral, consegue comunicar-se e interagir com o meio em que está inserido. Porém não consegue executar com qualidade e eficiência sua cidadania, nem seu papel transformador na sociedade,por muitas vezes não ter a devida compreensão da escrita, bem como da fala.
Faz-se necessária uma discussão do papel do professor diante