Vargas e a cultura
DIP:
O DIP foi a verdadeira maquina de propaganda do governo varguista, construiu a imagem de Getúlio e o culto à sua personalidade. O DIP teve também forte atuação junto a todos os meios de comunicação, sobretudo o rádio e a imprensa escrita. Também incentivava e controlava, através da censura, as atividades culturais.
O cinema, o teatro e, sobretudo, o rádio eram vistos e utilizados como elementos educadores por excelência, deviam exaltar a cultura nacional e o civismo, e formar o sentimento de nacionalidade no povo brasileiro.
Em 1938, vai ao ar pela primeira vez o programa Hora do Brasil, cuja transmissão tornou-se obrigatória em todas as emissoras do país. Produzido pelo DIP, a Hora do Brasil tinha a finalidade de divulgar as realizações do governo, além de apresentar músicas, noticias e discursos que estimulassem o orgulho nacional, a disciplina e bons hábitos de trabalho.
O Estado também mobilizou intelectuais, artistas e músicos para ajudarem na legitimação do governo, contribuindo para difundir sua ideologia. O uso da cultura popular de massas se fez principalmente com a utilização da música popular, sobretudo o samba.
O governo de Getúlio buscou apoio nos sambistas para conquistar a simpatia das massas. O DIP promovia regularmente concursos musicais, sempre incentivando temas que exaltassem as virtudes e belezas do Brasil, tais músicas firam conhecidas como “samba-exaltação” ou samba “apologético-nacionalista”, que se aliavam adequadamente à ideologia do Estado Novo.
O DIP era o órgão responsável por produzir textos, programas de rádio, documentários cinematográficos e cartazes em que o presidente aparecia de forma bem paternalista. Além desse controle, o DIP exercia de forma severa a censura sobre os jornais, as revistas, o teatro, o cinema, a literatura, o rádio e as demais manifestações culturais. O rádio foi, sem dúvida, um dos órgãos mais fiscalizados, pois era o meio de