Cultura trabahista no governo vargas
O projeto político consolidado por Vargas a partir de 1930 exigiu todo um aparato ideológico de maneira a legitimar o novo governo, o surgimento de uma nova política voltada aos trabalhadores urbanos tendo como base uma nova legislação social trabalhista, estimulava o trabalhador comum a tomar parte de uma enregenagem siginificativa na política ao mesmo tempo que o novo Estado se colocava como defensor dos interesses dessa classe. Essa tomada de posição pode ser explicada pela oposição política sofrida pelo novo governo que fazia sentir a necessidade de uma maior ampliação da base pró Getúlio; justiça do trabalho, política sindicalista de sindicato único, a criação da carteira de trabalho foram elementos constituintes de uma intensa campanha do governo que associava cidadania à carteira profissional[1].
Mas o trabalhismo getulista do Estado Novo não se fez apenas com leis e dicursos. Intensas mobilizações de trabalhadores eram programadas pelo Ministério do Trabalho, assim como várias solenidades. Nesse sentido, algumas datas passaram a ser referências para a celebração do encontro do presidente com os 'trabalhadores do Brasil' […] marcavam a preocupação em firmar uma cultura do trabalhismo, uma das realizações mais bem sucedidas do Estado Novo[2].
No que tange ao fomento dessa cultura do trabalhismo Angêla de Castro chama a atenção para a construção da figura de Vargas – sempre associado aos elogios advindos da outorga das leis trabalhistas – e a valorização da posição ocupada pelos trabalhadores brasileiros;[3] e o lugar estratégico desempenhado pelos meios de comunicação a este fim com vistas a atingir as massas bem como os projetos inseridos dentro testifica esse empenho do governo getulista. Contudo, esta mesma autora chama a atenção para a necessidade de se aprofundar a dictomia Vargas – trabalhadores sancionada pelo discurso oficial da época. Mais do que uma relação manipulação