Vantagens e desvantagens do uso do DSM IV
O DSM IV é um manual de classificação das doenças mentais amplamente difundido e utilizado no mundo todo. Foi elaborado pelos psiquiatras da Associação de Psiquiatria Norte-americana, independentemente da classificação elaborada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o CID. Este manual de diagnósticos passou a tomar importância a partir da 3º edição, na qual foi optada uma postura descritiva das doenças (fenomenológica) sem qualquer conotação etiológica ou explicativa das doenças, restringindo-se ao trabalho de descrever os sintomas e agrupá-los em síndromes. Esta opção permitiu grandes avanços na psiquiatria a partir de então. Primeiro passou-se a obter maior confiabilidade de diagnóstico, ou seja, psiquiatras provenientes de diversas regiões ao entrevistarem os mesmos pacientes conseguiam chegar ao mesmo diagnóstico, tarefa aparentemente banal, mas que não se conseguia fazer antes do DSM-III. Com esta taxonomia psiquiátrica as pesquisas tornaram-se mais precisas, a indicação das medicação mais acertadas, o prognóstico mais previsível. Tal foi o sucesso do DSM-III que a OMS logo incorporou grande parte dos avanços ao CID-10. O DSM-IV representa uma evolução do DSM-III. Porém o uso do DSM-IV é limitado e trouxe também inúmeras desvantagens. A primeira delas diz respeito ao próprio sistema, que produziu uma excessiva fragmentação dos quadros clínicos dos transtornos mentais.
Assim, muitos pacientes precisam receber simultaneamente inúmeros diagnósticos, já que os sintomas ultrapassam os limites rígidos, propostos pelo manual. Outro problema é que a lista dos sintomas não contemplam todas as queixas apresentadas pelos pacientes.
Outra critica diz respeito ao profissional que vai usa-la. O DSM IV não deve ser usado como