Vanguardas européias
Na Europa não houve uma arte moderna uniforme. Houve, sim, um conjunto de tendências artísticas com propostas específicas, embora as aproximassem certos traços, como o sentimento de liberdade criadora, o desejo de romper com o passado, a expressão de subjetividades e certo irracionalismo. Essas tendências, que surgiram na Europa antes, durante e depois da Primeira Guerra Mundial, receberam o nome de Vanguardas Européias.
Os textos seguintes registram alguns dos princípios fundamentais dos movimentos de vanguarda europeus do início do século XX.
Surrealismo
Foi um movimento artístico e literário que surgiu em Paris nos anos 20, por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente.
Este movimento artístico surge todas as vezes que a imaginação se manifesta livremente, sem o freio do espírito crítico. A fantasia, os estados de tristeza e melancolia exerceram grande atração sobre os surrealistas, que, deixam o mundo real para penetrarem no irreal, pois a emoção mais profunda do ser tem todas as possibilidades de se expressar apenas com a aproximação do fantástico, no ponto onde a razão humana perde o controle. Além disso, os surrealistas pregavam a destruição da sociedade em que viviam e a criação de uma nova, a ser organizada em outras bases.
Foi através da pintura que as ideias do surrealismo foram mais bem expressadas, os artistas plásticos colocam suas emoções, seu inconsciente e representavam o mundo concreto. O movimento artístico dividiu-se em duas correntes, a primeira, representada principalmente por Salvador Dalí, trabalha com a distorção e justaposição de imagens conhecidas. Os artistas da segunda corrente, representada por Joan Miró e Max Ernst, libertam a mente e dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controle da razão.
Na literatura, os escritores do surrealismo rejeitaram o romance e a poesia em estilos tradicionais e que representavam os valores sociais da burguesia. No cinema, os cineastas