As vanguardas européias
As vanguardas européias foram manifestações artístico-literárias surgidas na Europa, nas duas primeiras décadas do Século XX, e vieram provocar uma ruptura da arte moderna com a tradição cultural do século anterior. Com o advento da tecnologia, as consequências da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e atmosfera política que resultou destes grandes acontecimentos, surgiu um sentimento nacionalista, um progresso espantoso das grandes potências mundiais, e uma disputa pelo poder. Várias correntes ideológicas foram criadas, como o nazismo, o fascismo e o comunismo, e também com a mesma terminação “ismo” surgiram os movimentos artísticos que chamamos de vanguardas. Todos pautavam-se no mesmo objetivo, que era o questionamento, a quebra dos padrões, o protesto contra a arte conservadora, a criação de novos padrões estéticos, que fossem mais coerentes com a realidade histórica e social do século que surgia.Estas manifestações se destacaram por sua radicalidade, a qual proporcionou que influenciassem a arte em todo o mundo. No Brasil não poderia ser diferente, uma vez que este era o exato momento da história em que as manifestações artísticas estavam crescendo em nosso país, e que a maioria dos artistas se espelhavam nas tendências européias, fosse para imitar-lhes, fosse para combater-lhes. As vanguardas européias passaram pela Literatura Brasileira deixando sua contribuição, especialmente ao somarem com a Semana de Arte Moderna e o movimento modernista, pois juntos vieram romper com a antiga estética que até então reinava em nosso país. As cinco correntes vanguardistas que mais influenciaram o fazer literário no Brasil foram: Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo.
Vejamos um pouco de cada uma delas:
Cubismo:
Teve maior representatividade entre os anos de 1907 e 1914, mais especificamente na pintura. Seu propósito era decompor, fragmentar as formas