Vanguardas europeias
O futurismo foi um movimento fundado pelo poeta italiano Filippo Tomasso Marinetti, que redigiu um manifesto e tentou espalhá-lo em 1909, nesse manifesto, já proclamava o fim da arte passada e a ode à arte do futuro (futurismo, daí o nome do movimento). Com implicações políticas, buscava tornar a Itália livre do peso de sua história e inserí-la no mundo moderno. Ao poeta juntaram-se outros artistas - principalmente poetas e pintores - como Umberto Boccioni (1882 - 1916), Carlo Carrá (1881 - 1966), Giacomo Balla (1871 - 1958), Luigi Russolo (1885- 1947) e Gino Severeni (1883 - 1950) e em abril de 1910 era lançado um manifesto da pintura futurista, seguido por um manifesto da escultura futurista em 1912 e um livro sobre seus objetivos em 1914 (Pinttura,Scultura Futurista, Milão) os dois últimos escritos por Boccione. O movimento, a velocidade, a vida moderna, a violência, as máquinas e a quebra com a arte do passado eram as principais metas do futurismo.
Somente a forma e a cor não mais bastavam para representar o dinamismo moderno. “Deve ser feita uma limpeza radical em todos os temas gastos e mofados a fim de se expressar o vórtice da vida moderna - uma vida de aço, febre, orgulho e velocidade vertiginosa“, declaram no manifesto de 1910. Até 1912, as influências maiores na maneira como davam formas artísticas às suas idéias era a dos impressionistas e pós-impressionistas, artistas que já apresentavam certa preocupação em representar o dinamismo.
Após 1912, uma exposição em Paris marca a hegemonia da influência cubista sobre a arte do grupo. Os artistas futuristas deparavam-se com o sério problema de representar a velocidade em objetos parados. As soluções normalmente foram a representação de seres humanos ou animais com múltiplos membros dispostos radialmente e em movimento triangular. Forças mecânicas ou físicas eram fontes temáticas bastante freqüentes, em especial nos primeiros trabalhos futuristas. “Automóvel e Ruído“, de Balla ou “O que o Bonde me