Van Eyck
Os renascentistas buscavam ideais de beleza na representação de cenas religiosas e na representação do poder, com conquistas na organização do espaço visual na expressão dos corpos e dos rostos, na sugestão de uma ação em curso testemunhada e congelada pelo pintor (como depois ocorria com o ato fotográfico e a imobilização visual de um instante temporal)
Buscavam dramaticidade, legibilidade e verossimilhança, de modo a gerar um efeito de verdade para as imagens. Os quadros abaixo, de Giotto, no começo do século 14, e de Masaccio, no primeiro quarto do século 15, mostram essa conquista de mimetismo.
Jan Van Eyck começa a pintar em alguma medida consciente desses paradigmas, embora ao Norte da Itália, sobretudo nos países baixos, em Flandres, as matrizes e influências também foram outras, com preocupações distintas dos italianos.
A Virgem do Chanceler foi pintada na Terceira década do século 15 para ser exibida em uma pequena cartela. O trabalho, encomendado per Nicolas Rolin, chanceler do Ducado da Borgonha, retrata a Virgem coroada por um anjo pairando sobre si, enquanto ela apresenta o menino Jesus para Rolin.
O Renascimento perdurou entre os séculos XV e XVI principalmente, na Europa, na Inglaterra, Alemanha e Países Baixos. Foi um movimento predominantemente cultural e científico em que seus adeptos transferiram a imagem principal do Divino ao humano, ou seja, criou-se uma vertente humanista em que se buscava aprimorar e aprofundar as questões relativas ao humano, ao indivíduo.
Historicamente foi um movimento que trouxe consigo a burguesia e tudo aquilo relativo à ela. Tendo uma mudança brusca saindo do período medieval, em que Deus era o centro de tudo (Teocentrismo), para um período em que a religião mesmo presente atuava