valorizaçao negra
Alexon e suas obras, que retratam a figura do negro de maneira positiva e alegre. Ao lado, dois desenhos circulares criados pelo artista (Foto Fotos Deivid Dutra/ A Razão)
Alexon e suas obras, que retratam a figura do negro de maneira positiva e alegre. Ao lado, dois desenhos circulares criados pelo artista (Foto Fotos Deivid Dutra/ A Razão)
Giulianno Olivar
No último final de semana, foi realizada a segunda edição do Festival Municipal de Artes Negras (FESMAN). A iniciativa ocupou as dependências do Museu Treze de Maio, e serviu para que artistas negros locais pudessem apresentar seu trabalho e ganhar o devido reconhecimento – seja por meio da música, artes cênicas ou dança. Quem também chamou a atenção no evento foi o jovem Alexon Messias da Rocha, cuja arte esteve estampada nas paredes do museu. Desenhista por vocação, ele demonstra afinidade com os traços e faz questão de exaltar a figura do negro através de seu talento.
Natural de Tupanciretã, Alexon começou a praticar desenho ainda muito pequeno, ao reproduzir personagens do popular desenho animado japonês Dragon Ball. Hoje, aos 22 anos, mesmo sem ter nunca estudado esta arte, já possui reconhecimento, obtido através do espaço que o Treze cedeu para que expusesse suas obras. “A primeira exposição que eu fiz foi lá, no ano passado, no primeiro FESMAN. Depois, expus na I Feira Preta”, recorda, acrescentando o quão difícil é fazer com que a arte negra tenha visibilidade em Santa Maria. “Nós temos muita dificuldade em divulgar as atividades, e também temos dificuldade com estrutura. É nós por nós mesmos. O apoio que a gente tem é do público que frequenta e dos grupos com quem essas pessoas dialogam”, lamenta Alexon.
Capa segundo finde_BJustamente com essa intenção, de valorizar e afirmar a cultura afro, o desenhista colocou seu talento à disposição desta nobre causa. “A principal intenção é mostrar a questão da valorização do povo preto através de algumas imagens de