Vai uma história, aí?
Um comércio diferente. Uma troca de valores. Um compartilhamento de sentimentos. Uma história por uma foto. Assim funciona a Loja de Histórias, idealizada pelo escritor Pedro Fonseca.
A ideia surgiu de uma constatação. “Eu percebi que as pessoas estavam economizando demais as palavras”, conta Pedro. Viajando, ele passou dois anos afastado de todas as redes sociais e quando voltou, um susto! Parecia que não existia mais aquele hábito da conversa. Ninguém mais falava sobre o restaurante em que esteve e sim, postava uma foto do lugar.
“Eu queria apenas escrever”, diz Pedrinho, como prefere ser chamado. Com esse pensamento, ele criou a Loja de Histórias no dia 26 de setembro de 2012, pedindo para que as pessoas lhe enviassem fotos sem que contassem nada sobre aquele momento e, em retorno, ele lhes devolveria uma história a partir de seu próprio ponto de vista.
A proposta de Pedro era bem simples: Uma troca de generosidades. “As pessoas abriram seus baús emocionais. Abri o meu, com textos”, ele lembra. O sentimento era de pura realização. Após a ideia ter sido posta em prática, a Loja começou a andar sozinha. Pedro começou a receber fotos de pessoas desconhecidas e quando saíram matérias no Estadão, na Trip, no Globo, Diário de Pernambuco, Estado de Minas, “foi lindo”, diz Pedro.
Todas as fotos publicadas por ele tiveram um sentimento especial. De mais de 12 mil imagens recebidas, ele escolheu 600. “Cada uma atingiu um ponto emocional que me fez parar, olhar, querer descobrir algo novo”, ele conta. A primeira foto que recebeu foi de um amigo, Thiago Marques, que ele intitulou de “Quem fala em vão, ouve o eco”. Ele jamais soube o que o autor da foto quis dizer com ela. De nenhuma das fotos, aliás.
Para Pedro, o verdadeiro significado de tudo se encontra no fato de nos depararmos diante de uma imagem ou situação que tentamos descrever a partir de nossas próprias opiniões, perspectivas. “Estamos sempre diante de enredos desconhecidos e que