Oficina de máscara usa lixo para explorar tradições e criatividade no Xingu Araguaia
Oficinas de máscaras e teatro utilizam lixo para rebuscar tradições e criatividade na região do Araguaia Xingu
Por Maíra Ribeiro/AXA
De julho a outubro, três cidades da região Araguaia-Xingu mato-grossense receberam a ilustre presença de dois personagens doidinhos e de fala enrolada. Através do lixo e de máscaras, o casal de argentinos Luján Perazzo e Francisco Sabbadini trabalhou o teatro com jovens e crianças em Nova Xavantina, Canarana e São Felix do Araguaia. Luján é formada em jornalismo, enquanto Francisco é formado em direito. Mas ambos tem voltado seu trabalho para as artes cênicas e circenses e também para as práticas pedagógicas com arte.
O projeto chama-se BichoFeo, que é o nome dado ao bem-te-vi em espanhol. "O bem-te-vi migra e com o seu canto vai contando as histórias que conhece aqui e ali. Ele faz seu ninho com diferentes materiais que encontra no caminho, não só da natureza mas também com coisas do lixo. Do mesmo jeito que a gente faz com o nosso trabalho" explicam Luján e Francisco.
Conversamos com o casal de viajantes que já embarcaram para sua próxima parada em Chapada dos Guimarães, rumando para o norte.
Articulação Xingu Araguaia AXA - Vocês viajaram por diferentes cidades da região e ministraram oficinas de máscaras em três delas: Nova Xavantina, Canarana e São Felix do Araguaia. Como desenvolveram essas oficinas?
BichoFeo - Em Nova Xavantina, nós trabalhamos pela Prefeitura na praia no dia do Festival de Pesca Mirim, com oficina livre de construção de máscaras com lixo. Também fizemos uma oficina de dois dias na AABB Comunidade para a Secretaria Municipal de Assistência Social,. No primeiro dia, eles fizeram as máscaras. No segundo dia, eles usaram as máscaras para fazer um teatro. E depois, ainda em Xavantina, trabalhamos pela Secretaria Municipal de Educação, em três escolas municipais, com o quarto e o quinto ano de cada escola. Ali, as oficinas eram de três dias. Aí, no