Rússia
Mas o mais importante é que, nos últimos 20 anos na Rússia, formou-se e continua crescendo uma camada significativa da população que, no Ocidente, é considerada como classe média. São pessoas que possuem rendas que lhes permitem um leque suficientemente amplo para escolher entre gastar ou poupar, o que comprar e como descansar. Estas pessoas podem escolher um trabalho que lhes agradem, e possuem algumas poupanças. A classe média, enfim, é uma parcela da população que pode escolher uma política.
A classe média possui um nível de educação tal que lhe permite direcionar conscientemente aos candidatos a cargos eletivos, ao invés de “votar com o coração”. Em suma, a classe média começou realmente a articular as suas necessidades em diferentes direções.
A maior esperança da Rússia consiste em ter uma população altamente educada, e o foco principal é a nossa juventude, mesmo com todas as críticas e problemas conhecidos do sistema de educação nacional.
Entre os cidadãos russos na faixa de 25 a 35 anos, 57% possuem ensino superior. Fora a Rússia, esse número só não é menor em três países: Japão, Coréia do Sul e Canadá. O crescimento das demandas educacionais continua: para a próxima geração (entre 15 e 25 anos) pode-se falar de uma educação superior universal, que deverá contemplar 80% dos meninos e das meninas.
Uma sociedade com um grau de escolaridade mais alto resulta em maior expectativa de vida, em diminuição da criminalidade e em escolhas mais racionais. Tudo isso por si só