Utopia
Thomas More um dos grandes humanista do Renascimento inglês, em Utopia sua obra mais divulgada, apresenta a primeira crítica fundamentada ao regime político vigente na Europa. Utopia é uma palavra que vem do grego que significa “não lugar” “lugar que não existe”. É uma ilha idealizada por ele, no qual descreve uma sociedade que entende ser melhor do que aquela em que vivia.
No livro I More faz uma análise das particularidades do feudalismo em decadência, discutindo os principais problemas da Inglaterra do século XVI, descrevendo de maneira minuciosa os pontos de vista que Rafael Hitlodeu¹ têm da sociedade inglesa da época,e apresenta um modelo de governo completamente oposto aos paradigmas da então sociedade inglesa.
A princípio Hitlodeu faz uma análise das penas impostas aos crimes cometidos, ele as vê como ineficazes, injustas e inproporcionais aos delitos, e apesar da severidade na punição (morte) essas se mostram incapazes do conter o avanço da criminalidade. Não somente as leis apresentam inutilidade, mas também seus governantes que governam exclusivamente para o seu bel prazer, são portando de nenhum préstimo ao povo, uma vez que não os oferecem, condições dignas para sobreviverem, ao contrário sugam-lhe tudo que podem, a força de trabalho, a terra, as propriedades e por fim tiram-lhe a única coisa que lhe restam que é a vida.
Com relação aos conselheiros dos reis, esses por sua vez não passam de ineptos e bajuladores “um grupo de homens que invejam todos os demais e só admiram a si mesmos”2, escravos de seu próprio amor e só escutam apenas a própria opinião. Além da sua inutilidade, os monarcas possuem uma ambição desmesurada que os move a “conquistar novos reinos a todo e qualquer custo”3 todos os meios lhe parecem bons, nada podem detê-los.
Eles por sua vez elaboram extensas reuniões em seus imponentes palácios, construídos com o mais árduo trabalho de seus súditos, adentram a eles não para propor soluções de melhorias para o povo, mas