Usina Belo Monte. Conflitos socioambientais
ARQUITETURA E URBANISMO
TURMA ARQ11
IVANA CATAPAN
USINA DE BELO MONTE
PROBLEMAS E CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS
Brusque
2014
Sumário
1.Problemas e conflitos socioambientais na Usina de Belo Monte
1.1 Apresentação do caso
A Usina de Belo Monte está situada no rio Xingu, município de Vitória do Xingu, estado do Pará. Nessa região moram aproximadamente 25 mil indígenas, alguns grupos indígenas em isolamento voluntário, além de milhares de ribeirinhos e extrativistas rurais (HURWITZ et al., 2011).
A usina terá capacidade para gerar até 11.233 MW, o que classifica Belo Monte como a segunda maior hidrelétrica do Brasil. Atualmente, as estimativas do custo total da obra estão entre R$20 e 25 bilhões. No entanto, os verdadeiros custos do projeto são desconhecidos, tendo em vista a persistência de incertezas sobre custos de construção e de mitigação e compensação de seus impactos sociais e ambientais (HURWITZ et al., 2011).
1.2 Atores envolvidos
1.2.1 Movimento Pelo Desenvolvimento da Transamazônica e do Xingu - MDTX.
O MDTX, inicialmente denominado MPST – Movimento pela Sobrevivência da Transamazônica, foi constituído como uma proposta regional, liderada pelos agricultores com a finalidade de buscar novos rumos para o projeto de Colonização da Transamazônica. (TONI; SOUZA; PORRO, 2006). Integrado por atores sociais dos meios urbano e rural, o MDTX conta com o apoio expressivo de parlamentares estaduais e federais. Suas lideranças assumem uma posição contrária em relação à usina, enfatizando os prejuízos causados pela implantação da Usina Tucuruí (FARIA, 2004b).
1.2.2 Igreja Católica Na região de Altamira, a Igreja Católica é uma instituição com muita influência sobre os grupos sociais locais, além de possuir um forte sentido missionário (FARIA, 2004b). Sua principal missão é a defesa dos grupos indígenas da