Ndios E Belo Monte
Sabemos que, há mais de 20 anos, o projeto de construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, na Bacia do Xingu, sempre gerou polêmica; e conflito ambiental e social na região. A construção de Belo Monte é um dos maiores símbolos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal.
Desde 2009, o projeto de Belo Monte tem sido criticado pelas possíveis intromissões ambientais e sociais que a obra pode gerar no meio ambiente e na vida das comunidades locais, boa parte representada por grupos indígenas.
Os líderes indígenas do Xingu são contra à construção da hidrelétrica em virtude dos impactos socio ambientais em prol de uma obra, cujo projeto não permitirá a geração de energia em sua totalidade pela hidrelétrica. Em 2009, o Ministério do Meio Ambiente e a Funai autorizaram a obra sem dimensionar, verdadeiramente, quais impactos diretos e indiretos os índios iriam sofrer.
No mesmo ano, os líderes indígenas encaminharam uma carta ao então presidente Lula solicitando o cancelamento do projeto. A licença ambiental oficial seria concedida pelo Ministério do Meio Ambiente em 2010, sem aprofundar, detalhadamente, os quesitos relativos aos impactos socioambientais.
Analisando a postura das comunidades indígenas do Xingu, no período de 20 a 25 de fevereiro de 1989, foi realizado o I Encontro dos Povos Indígenas no Xingu, na cidade de Altamira, Pará. Na época, o evento reuniu 3.000 pessoas, sendo 640 índios que declararam o descontentamento com o projeto de construção de barragens no Rio Xingu. Nos anos 1980, o projeto Belo Monte ainda se chamava Kararaô.
O encontro teve a presença de várias lideranças indígenas, entre eles o cacique Paulinho Paiakan, líder kaiapó e organizador do evento, Raoni, Ailton Krenak e Marcos Terena. O objetivo das comunidades indígenas era de acabar com os processos de decisão na Amazônia sem a participação dos índios.
Em junho de 2012, quando as obras de construção da hidrelétrica de Belo Monte já haviam sido