urbanização em angola
Em um momento de inflexão teórica sobre os rumos do urbanismo do século XXI e os neocolonialismos contemporâneos, a recuperação deste material já é, per se, de valor inestimável. A arquiteta, contudo, brinda-nos com uma elegante apresentação, rica iconografia e profunda argumentação teórica, delimitando o quadro político e conceitual da atuação dos arquitetos e urbanistas portugueses em Angola. Na primeira parte da tese são apresentados o pensamento político e as políticas coloniais portuguesas no século XX, divididos em dois capítulos: contextualização política e social em Angola e correntes do pensamento urbanístico na Europa e Portugal e seu reflexo em Angola. A segunda parte da pesquisa escrutina o processo de ocupação do território em quatro capítulos, nos quais são analisados não apenas o território e o fenômeno urbano, mas a arquitetura, por meio das edificações e obras públicas, como parte indiscernível do mesmo projeto colonial1.
Finda a leitura do espesso volume, quatro questões emergem como fundamentais, sob o meu ponto de vista: