União Sadia Perdigão
Uma empresa de porte mundial, que ficará entre as dez maiores do setor alimentício das Américas, com receita de mais de R$ 20 bilhões, resultará da oficialização da união dos negócios promovida entre duas das marcas mais conhecidas do Brasil: a Sadia e a Perdigão.
Juntas, as "gigantes" de Santa Catarina – a Perdigão nasceu na cidade de Videira e a Sadia, em Concórdia – terão domínio absoluto sobre o mercado de abate de frangos, de alimentos congelados e de margarinas, entre outros. O negócio, porém, só se concretizou depois de operações malsucedidas que a Sadia fez no mercado de câmbio do ano passado, quando apostou na continuidade da trajetória de queda do dólar frente ao real – em 2008, a moeda chegou a valer R$ 1,55. Histórico do negócio
Como aconteceu o contrário, a Sadia amargou prejuízo de quase R$ 2,5 bilhões no ano passado, o primeiro de sua história. A companhia passou os últimos meses reorganizando a casa. Além de demitir executivos envolvidos nas operações de câmbio, chamou de volta o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, que hoje é presidente do Conselho da empresa. Com a Sadia em dificuldades financeiras, a Perdigão “virou o jogo” no histórico de uma eventual união entre as concorrentes. Nos anos 90, em dificuldades financeiras, a Perdigão quase teve de se render à concorrente. Em 2006, mesmo com a Perdigão mais profissionalizada, a Sadia voltou a tentar comprar a rival. A oferta foi recusada porque a Perdigão considerou que a oferta feita na época – de cerca de R$ 3,7 bilhões – foi considerada insuficiente. Agora, a Perdigão chega para a negociação com a expectativa de se tornar majoritária na nova empresa, que já foi apelidada pelo mercado de “Sadigão”, mas deve ganhar uma denominação mais sóbria: Brasil Foods, que dará fôlego aos planos internacionais da companhia.
Sinergias
De acordo com o mercado, as vantagens da união das duas empresas são óbvias: como ambas atuam no