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Cada empregado ainda era chamado a assistir a um vídeo com Luiz Fernando Furlan, o presidente da empresa, que dava boas-vindas aos empregados na nova etapa. Na Perdigão aconteceu exatamente o mesmo. Nildemar Secches, presidente do conselho de administração da companhia, repetia exatamente o mesmo texto aos funcionários em vídeo na intranet da companhia. "Estamos criando um campeão", anunciou Furlan, na apresentação ao mercado da nova gigante de R$ 25 bilhões em vendas e 110 mil empregados.
Foram cinco meses de discussões, que envolveram o BNDES e exigiram muito jogo de cintura. Do lado da Perdigão, que é controlada por fundos de pensão, sentou-se à mesa o megaexecutivo Nildemar Secches, que já foi diretor do banco de desenvolvimento estatal. Pela Sadia, o negociador foi Luiz Fernando Furlan, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que defendeu os interesses das famílias Fontana e Furlan.
O mercado acompanhou atento as idas e vindas, que acabaram pondo sob o mesmo comando marcas consagradas, como as margarinas Qualy e Doriana. A nova gigante surgiu na terça-feira 19 com 42 fábricas, 119 mil funcionários, mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano, 42% do que produzem, e faturamento anual líquido de R$ 22 bilhões. Trata-se da segunda maior indústria alimentícia nacional e a terceira maior exportadora brasileira, atrás somente de Vale e Petrobras.
Desemprego
Os únicos que destoavam um pouco desse clima de festão são os funcionários. Já existe até uma bolsa de apostas na sede da Sadia, entre empregados da área da gerência, a