União Europeia: Transformações, Crise e Desafios da Integração Regional.
União Europeia: Transformações, Crise e Desafios da Integração Regional.
O Tratado de Maastricht é um dos mais importantes processos de integração política, econômica e diplomático entre os países europeus após a Segunda Guerra Mundial. Esse Tratado é um movimento de reordenamento no território europeu, onde as diferentes fronteiras deviam ser abolidas por meio de livre circulação de capitais, bens, serviços e cidadãos.
Com o final da Segunda Guerra Mundial, o tema da unificação europeia é retomado em termos políticos e institucionais mais complexos. O quadro de devastação deixado pela disputa militar intraimperialista obrigava as lideranças políticas e institucionais a buscarem alternativas concretas de acordos de paz e de recuperação socioeconômica que ultrapassem as fronteiras nacionais.
Barbosa destaca duas vertentes da unificação que ganharam um destaque. A primeira delas é a dos atlantistas, reunindo os britânicos, o Vaticano e as classes dirigentes, mas conservadoras que argumentavam a favor da preservação da autonomia dos Estados europeus com aliança os Estados Unidos, conformando a “Comunidade do Atlântico Norte”. A segunda vertente, representada pelos europeístas, proclamava a imperiosa necessidade de uma unidade supranacional, configuram dois agrupamentos diferentes: os federalistas que defendiam a unificação imediata, e os funcionalistas que defendia o processo gradual e setorial de integração, sobretudo nos campos econômico e diplomático.
O Benelux criado em 1944, foi o primeiro tratado entre os pioneiros da unificação gradual/setorial, surgindo no calor da guerra com o esforço para a recuperação econômica comum a privilegiar o mercado nacional de bens, serviços e capitais complementares às economias da Bélgica,